segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Se as pessoas bem soubessem, valorizariam os sonhadores, pois eles é que mudam o mundo, sempre eles!!!

"Ser CJ passou a ser um sonho pra mim em 2008. Eu era uma das tantas delegadinhas que participavam da I Conferencia Estadual Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, em Fortaleza, quando tive o primeiro contato com o CJ daqui... Fiquei encantada com aquele grupo de jovens que nos cativou tanto, que nos ensinou tanto, e descobrir que também eu queria cativar, ensinar, fazer parte daquela historia que pra mim estava apenas começando... Fui selecionada pra Nacional, em 2009, e aí foi que eu passei a compreender melhor o funcionamento de um CJ, conheci muita gente boa de todo o Brasil, e aquele sonho foi crescendo dentro de mim... Não é segredo pra ninguém que participar de uma Conferencia Nacional Vamos Cuidar do Brasil é uma experiência que muda a vida de quem tá lá, e muitas das sensações que eu guardo daquela semana mágica eu devo aos CJs que estiveram conosco nas oficinas, grupos de discussão, enfim. Até “grito de guerra” teve: “Eu vou ser CJ, Eu vou ser CJ, Eu vou ser CJ...”, eu vou ser verdinha (já que naquele tempo a ‘batinha’ dos cjs era verde), eu quero que lembrem de mim um dia como eu vou lembrar dos Coletivos... Voltei pra casa com aquela sede, eu senti que podia me articular e criar coisas maiores aqui onde eu moro (que é uma cidade com uma saída só, quase o fim de uma estrada, na pontinha do Ceará quase junto do Piauí). Passou um tempo e comecei a me articular com o CJ Fortaleza, em encontros pós-conferencia (a essa altura eu já tinha participado da Confint e percebido melhor o potencial que eu tinha pra mobilizar escolas parceiras, comunidade...), e nós, aqui em Camocim, decidimos criar um CJ... lá vem reuniões e reuniões, afinal, era uma ideia nova, que precisava ser debatida pelo grupo, adaptada, modelada por nós para que nós pudéssemos trabalhar nela... Vieram os primeiros projetos, mobilização informativa pro Carnaval (cidade litorânea sofre muuuuuito nessa época), semana de meio ambiente, congresso de educação ambiental, acompanhamento das Com-Vidas nas escolas, e fomos criando e nos mobilizamos o tanto que pudemos. Só que aí nós vimos o quanto é difícil ser um ponto focal e muitas vezes não ter aquele apoio todo, nem é tanto a questão estrutural, é mesmo uma questão de confiança das pessoas, gente que acredite no nosso trabalho... Tudo bem que as vezes precisamos de um material, de algum recurso pra formações, encontros de rede, mas no fundo o pior é não ter sempre credibilidade e ser, de certa forma, ridicularizado por ser Jovem, taxado de imaturo, um sonhador qualquer, com desdém... Se as pessoas bem soubessem, valorizariam os sonhadores, pois eles é que mudam o mundo, sempre eles!!! De uns tempos pra cá, as mobilizações ficaram mais complicadas, pois nossas atividades coincidiram com a entrada de alguns na faculdade, ou no mundo do trabalho, e na vida às vezes a gente precisa escolher um foco, uma meta, e nem sempre dá pra conciliar. Só que o sonho não morreu. Ele permanece vivo e batendo forte no coração, e grita que quer ser CJ e ajudar a mudar, pra melhor, o mundo (: No mais eu desejo toda a energia positiva possível pro ENCJ e parabenizo a equipe de articulação pelo desenvolvimento desse trabalho lindo (e lá no comecinho dos trabalhos eu tava por aí, kkkkk), e torço para que seja um momento mais que propício para fortalecer os educadores ambientais aí presentes, dar impulso aos trabalhos já desenvolvidos por nossa juventude, e capilarizar ainda mais as atividades por todo o nosso país, potencializando discussões e ações transformadoras. É isso, abreijos da Nandy"

Por Anannandy Cunha (CJ-CE)

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