sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

“Vem, Vamos à luta”: Acorde, Viva, Seja a mudança que você quer ver.

“Vem, Vamos à luta”: Acorde, Viva, Seja a mudança que você quer ver.

O ano era 2008. E lá estava eu estirado na cama, dormindo insaciavelmente. Quando minha mãe acordou-me: “Fábio, tem gente chamando”. Era a diretora de minha escola que veio a minha casa, estava me chamando para participar de uma reunião, ou sei lá o que. Estando em cima da hora, me vesti compulsivamente, nem deu tempo para o café... ao menos tomei um banho Kkkkk Lembro que mamãe deu-me 10 reais, e disse: gaste dois. Kkkkk. Seria o meu primeiro contato com a Educação Ambiental e, logo a nível de microrregião, pois havia ocorrido na DIRED, era o Seminário preparatória para a Conferência de 2009. Sai de lá em êxtase, eu seria o cara que representaria a minha escola e a minha região. A pouca idade (12 anos) não interferia, não havia receio de manifestar-me nas discussões. Nunca antes eu havia pensando em ir à capital do país, agora a oportunidade não era somente essa. Eu poderia ver, compartilhar, constituir, dedicar-me, emocionar-me, defender e viver o nosso doce lar, o nosso incomensurável meio. Poucos foram os momentos que desabei em lágrimas, eu não faria parte da delegação, a imaturidade me fez sentir opaco por dentro, o sentimento de injustiça arraigava-se no peito meu. Por outro lado, na verdade o bom lado, a experiência da conferência Estadual me transformou por completo. Como as discussões que tangem o meio ambiente, podem enriquecer visões e opiniões políticas, sociais, culturais, econômicas e magnamente pessoais? Eu não me detinha a responder, apenas vivia e sentia o meio ambiente no epicentro da minha existência. Muitos delegados da minha época deixaram-se levar por outras coisas, com tantos problemas talvez tenham esquecido os momentos exímios que viveram. Sem dúvida, a Educação Ambiental no RN estava em crise. Quando em 2010, haveria o “chamado”,  nos possibilitando um reencontro e eu junto com alguns conhecidos, ‘tornaríamos’ CJ’s, o grupo se fortaleceria, juramos ir à luta para sempre e sempre. Nesse encontro, tive a chance de representar o nosso grupo - CJ-RN, fui eleito através dos nossos princípios, a II Conf. Estadual de Juventude fora maravilhosa, debates incríveis sobre políticas públicas (que envolveu partidária também, :(( ). Sempre estive atuante nos eventos da minha cidade, da minha escola, região e estado, focando a temática socioambiental.

Depois de um considerável atraso, ao passar turbilhões de problemas, era chegada a hora de Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis. Eu não conseguia descrever o orgulho que era ajudar no que fosse necessário para que a conferência pudesse acontecer e, funcionar mais uma vez como instrumento transformador de vidas. Cada etapa foi linda, eu pude dar minha parcela de contribuição até a estadual, me emocionei com o desenrolar desta. Eu conseguia me enxergar naquelas dezenas de jovens... A nossa conferência foi um show inesquecível e, a nível nacional superamos todas as adversidades para fazer a maior de todas.

Cinco anos passados, depois daquela manhã de uma visita inesperada, vejo-me como um bom fruto da Conferência que, apesar de ter me deparado com algumas injustiças, é mais que um reles evento, é uma vivência de mudança de pensamentos, quebra de atitudes má intencionadas em relação ao nosso meio e, ‘libertadora’, por excelência. Foi um pouco difícil ter uma voz ativa no grupo, rs, mas eu fui chegando e me inteirando até que consegui o espaço dentro do CJ-RN que, sempre sonhei. Eu estarei no ENCJ, levando comigo um pouquinho de cada guerreiro desse bando. A imensa emoção supera as lágrimas de outrora, faz meu ser gritar veementemente que sempre valerá a pena continuar, mesmo quando todos ao seu redor abandonarem a eterna luta que é, ser um protetor do chão que pisamos, do ares que respiramos, das águas que nos ‘alimentam’; um sonhador de um futuro repleto de CJ’s, com a essência de ser mais um na resistência de um mundo sem vida.

“O que sinto é bem mais lindo e maior do que falo, o que já vivi no coletivo ultrapassa os recônditos do meu “eu” como agente transformador do mundo. Sinto-me forte pra ir à luta, à viver intensamente o movimento mais lindo do Brasil, sou Coletivo Jovem pelo meio ambiente do RN”.


Por Fábio Jordão (CJ-RN)

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