Encontrei no CJ Caiçara, uma identidade com um pensamento que me encorajava de esperança, de um outro mundo possível, de uma agenda internacional para mudar as coisas no mundo a partir da cidade, a Agenda 21, e em outras formas de produção e consumo que não comprometesse a nossa geração e as seguintes.
Nós víamos a construção de um outro modo, que não capitalista, que não ameaçasse as populações tradicionais costeiras a partir do avanço do Porto. Nos colocávamos nos lugares de quem catava caranguejos e que com a diminuição dos manguezais não teriam mais pra catar.
Imaginávamos o dia em que o nível do mar iria subir tanto, que parte das paisagens que faziam parte das nossas histórias poderiam desaparecer e que as mudanças em curso deveriam garantir qualidade de vida e não só o enriquecimento de alguns.
A cultura e o pertencimento da juventude ao território costeiro e caiçara, era o que a gente acreditava que poderia fazer mais jovens também se encantarem e se encorajassem para preserva-los e valoriza-los.
Por Marccella Berte, de Brasília.
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