terça-feira, 13 de agosto de 2013

Sendo a mudança que eu queria ver no mundo...

Eu tinha 13 anos de idade quando em uma brincadeira de criança, fui parar no ponto mais alto da Cidade do Rio de Janeiro e lá de cima, descobri que era preciso mudar. Era preciso mudar a realidade em que eu vivia para que um dia fosse possível pensar em um futuro bom e justo, totalmente diferente daquele que eu vivia. E foi assim que tudo começou. E diferentemente do que diz a música "Marvin" dos Titãs, eu não sentia o peso do mundo em minhas costas, pelo contrário, me sentia parte de um mundo em que eu poderia ser a mudança que eu queria ver nele. Foi daí que comecei a conhecer e trabalhar com outros, que assim como eu, queriam mudar o mundo, mas não sabiam como. Foram inúmeros os jovens que conheci com a vontade de ser a mudança que queríamos ver no mundo. E com a mochila nas costas, centenas foram as cidades que conheci, vi, vivi e aprendi que esse mundo é grande demais para que o desejo de ver mudanças acontecerem, fosse algo assim tão simples e rápido. São 14 anos de muitas lutas na minha vida, muitas conquistas e muita história para contar aos meus filhos, netos, bisnetos e tataranetos... Mas certamente, uma das histórias que mais terei orgulho de contar é a de que um dia eu fui um ser chamado CJotinha... isso mesmo, eu já fui CJ! CJ, abreviação de Coletivo Jovem de Meio Ambiente foi uma passagem muito significativa na minha vida. Um período dela em que além de aprender boa parte do que sei hoje ao que tange a educação ambiental, foi nesse período que fiz a maior parte das minhas amizades mais sinceras. Aquelas que mesmo com as divergências, estamos sempre ali, juntos... brigando, sorrindo, chorando, alfinetando e mais que tudo, lutando. Quando fui convidada a criar o Coletivo Jovem do Rio de Janeiro juntamente com outros jovens, me senti honrada, pois vi meu trabalho sendo reconhecido e alguém acreditando que eu podia fazer a diferença pela primeira vez. E fiz, foram quase 4 anos de CJ, 2 Conferências Nacional Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente, 3 Encontros Nacionais de Juventude e Meio Ambiente, e muitos, mas muitos outros encontros, interlocuções, intercâmbios, experiências que pude ter tido sendo CJ. Hoje, apesar de não estar em nenhum CJ, ainda me sinto um pouco parte dele, afinal, quando se faz parte de uma família, é difícil conseguir sair por completo. O CJ foi um presente grande, uma conquista fenomenal e acima de tudo, um caminho de um amor muito grande pela Educação Ambiental. Fazer parte desta família, embora não mais dentro de um Coletivo, me faz sentir humana, pois foi com essa família que eu construir os pilares da mudança que eu queria ver no mundo. Um grande amigo meu sempre citava uma frase de Padre Lebret pra dizer que "É preciso convocar os jovens para grandes objetivos, pois eles sofrem quando convocados para medíocres.” E hoje eu digo que fui convocada para um grande objetivo: Ser a Mudança que eu queria ver no Mundo!Por Adrielle Saldanha (Ex-militante do CJ-RJ)

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